Nessa fase, está sendo avaliada se a vacina produz anticorpos em quantidade suficiente contra o vírus. O estudo que também está sendo realizado na China com 50.027 voluntários, entre eles, funcionários da própria Sinovac, demonstrou que 5,36% das pessoas vacinadas apresentaram efeitos colaterais, todos sem gravidade: dor no local da aplicação (caso constatado em 3,08% dos voluntários), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Efeitos um pouco mais graves foram observados em 0,03% dos voluntários, tais como perda de apetite, dor de cabeça, fadiga e febre.
As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (23) durante entrevista coletiva com o Governador do Estado de São Paulo, João Dória e o representante da Sinovac, Xing Han, que já tomou duas doses da vacina. “Os testes da fase 3 (em humanos) estão indo muito bem. Estamos confiantes na CoronaVac tanto em sua segurança quanto em sua eficiência. Ela será bem testada e, daqui a um ou dois meses, já deve sair o resultado da fase 3”, disse Han. O governador afirmou que nenhum dos voluntários brasileiros já apresentaram reações graves à vacina.
Os resultados sobre a eficácia da vacina, no Brasil, devem começar a aparecer a partir da segunda quinzena de outubro, segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan. Se esse cronograma se mantiver, a vacina se mostrar eficaz e houver a aprovação da Anvisa, a expectativa é de que a vacina esteja liberada para a população a partir de dezembro. “A segurança e eficácia são dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina está pronta para uso emergencial na população. Estamos muito otimistas com os resultados que a CoronaVac apresentou até o momento. Isso mostra que o Butantan e a Sinovac estão no caminho certo para a produção de um imunizante contra o coronavírus”, disse