Produção de abacaxi em Campos aumenta mais de 200% em dois anos

“É uma grande ajuda para impulsionar a produção, porque o dinheiro que eles iriam pagar ao dono de um trator particular pelo preparo da terra, eles economizam e usam na compra de adubos e outros insumos. Se na safra 2017/2018 a produção foi de aproximadamente 45 milhões de frutos, nesta agora, de setembro de 2020 a fevereiro de 2021 a previsão é de colheita de 140 milhões de frutos”, explica o secretário de Agricultura, Robson Vieira.

Hoje são cerca de 185 produtores, entre pequenos e médios, explorando 5.800 hectares com a cultura, principalmente pela Baixada Campista e região Norte do município, principalmente no distrito de Travessão. Com a ajuda da Prefeitura, a maioria deles, que antes exploravam a cultura da cana-de-açúcar e a criação de gado bovino, resolveu apostar no abacaxi como alternativa mais rentável. Caso do produtor Joel Pereira, da localidade de Balança Rangel, em Travessão. Ele integra um grupo de produtores que, juntos, dobraram a área de plantio.

“Esse é um resultado que eu e meus colegas vamos colher no ano que vem, mas a ajuda da Prefeitura foi fundamental pra isso, porque antes plantávamos cerca de 400 mil pés, na safra anterior aumentamos para um milhão e, agora, aumentamos para 2 milhões de pés. Fomos muito bem atendidos e chegamos a ter dois tratores da Secretaria de Agricultura aqui, trabalhando nas nossas propriedades”, destaca Joel.

As primeiras colheitas do “abacaxi campista”, entre setembro e novembro, são destinadas principalmente a outros estados, como Minas Gerais e São Paulo, além da capital fluminense. Mas o fruto local tem conquistado o paladar do consumidores bem mais distantes. “Há casos de carregamentos que saem daqui até para o Paraná e até Santa Catarina, a mais de mil quilômetros de distância. Obviamente, eles pagam um preço melhor pelo fruto”, explica Robson Vieira.

Entre dezembro e fevereiro, os frutos são comercializados principalmente em Campos e municípios próximos, chegando até a Região dos Lagos fluminense, principalmente Cabo Frio, grande centro turístico durante o verão. “Essa é uma aposta que deu certo entre muitas outras que temos investido nesses últimos quatro anos. Outra cultura que vem crescendo muito também é a do aipim, com preços bem atrativos em outros mercados. Campos tem tradição agrícola, um povo trabalhador e basta a sensibilidade para incentivar, como temos feito”, conclui o secretário de Agricultura.

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